• Qual a versão do meu PostgreSQL?

    Só para não esquecer mais… 5 formas diferentes de saber qual a versão do PostgreSQL que você está rodando:

    1. Usando o pg_config:

       $ pg_config --version
      PostgreSQL 9.6.1
    2. Usando o psql:

      $ psql
      psql (9.6.1)
    3. Usando a função version():

      # select version();
      version
      ---------------------------------------------------------------------------------------------------------------
      PostgreSQL 9.6.1 on x86_64-unknown-linux-gnu, compiled by gcc (GCC) 4.1.2 20080704 (Red Hat 4.1.2-48), 64-bit
      (1 row)
    4. Usando a tabela do catálogo pg_setting:

      # select name, setting from pg_settings where name like '%version%';
      name                | setting
      --------------------+---------
      server_version      | 9.6.1
      server_version_num  | 90601
      (2 rows)
    5. Usando o comando SHOW:

      postgres=# show server_version;
      server_version
      ----------------
      9.6.1
      (1 row)
      
      postgres=# show server_version_num;
      server_version_num
      --------------------
      90601
      (1 row)

    Observações

    • O utilitário pg_config nem sempre está no PATH da instalação do seu PostgreSQL. Você pode ter que procurar onde ele está no diretório de instalação do binário do PostgreSQL.
    • Você pode ter mais de uma instalação do PostgreSQL no mesmo servidor. O pg_config não diz qual base está utilizando aquela instalação.
    • O psql ter uma versão e se conectar remotamente em outra base com outra versão, neste caso a mensagem será diferente e ele vai informar a versão do psql e a da base em que você se conectou.
    • O parâmetro server_version_num é ideal para usar com comandos SQL dentro da sua aplicação.
  • Sobre o mercado de bancos de dados na nuvem

    Hoje eu fui substituir o ilustre Sr. Ricardo Portilho numa palestra numa universidade em São Paulo. Para quem não sabe, o Portilho é um dos mais respeitados profissionais em bancos de dados Oracle do Brasil e por acaso também é um Oracle ACE. Mas sobre tudo é alguém que tem um espírito crítico aguçado que o torna para mim uma fonte de informações das mais confiáveis. Em maio o Portilho escreveu um artigo que realmente me chamou a atenção, sobre as práticas comerciais duvidosas da Oracle na tentativa de empurrar o Oracle Cloud no mercado. Depois assisti sua palestra no GUOB com um guia intrincado para não ser multado pela Oracle, com suas inúmeras funcionalidades pagas à parte. Eu sempre tive minhas dúvidas sobre como seria colocar uma base Oracle na nuvem, mas assistindo a palestra do meu antecessor hoje, sobre Cloud, vi o tamanho do buraco em que eles estão metidos.

    Primeiro existe uma questão técnica complicada. Na nuvem uma das coisas importantes é ter agilidade, flexibilidade e embora no Oracle 12c (o “c” é de Cloud mesmo!) tenham coisas muito interessantes como a arquitetura multitenant, o Oracle vem caminhando na contramão há tempos. Veja, uma das coisas bacanas de se usar na nuvem é o Docker. Poder distribuir serviços como pequenas caixinhas que você pode subir, descer, mover, duplicar etc, de forma ágil e segura. É óbvio que o Oracle Database não roda no Docker. O motivo é simples, o Oracle é um dragão com tentáculos por todo o sistema operacional. Na versão 9i o Oracle já tinha a opção de gerenciar toda a memória para você, tirando essa função do sistema operacional. A própria instalação do Oracle é uma piada de mau gosto para o SO. Ele traz o seu próprio Java, seu Apache, seu Perl e um zilhão de ferramentas empacotadas todas numa única caixa preta. Depois, no 10g veio o ASM, onde o sistema de arquivos do SO dançou. Enfim surgiu o Exadata, onde o hardware se tornou acoplado ao software numa única caixa preta – Na Oracle eles chamam aquele super hardware do Exadata de “lata”, afinal, o hardware deve valer uns 10% do custo total, quem vale mesmo são as licenças! Então a Oracle criou a ideia de “Privete Cloud”. A ideia não é ir para a nuvem, é montar uma estrutura tão grande que você tem a sensação de ter comprado a nuvem toda para rodar dentro da sua empresa. A verdade é que não apenas não é possível rodar o Oracle Database como docker container, como não é possível também rodar um Oracle RAC na Amazon. O motivo é simples, o RAC depende de uma interconexão física entre os nós de excelente qualidade. E na nuvem toda a camada física é virtualizada. Não há como garantir que esta conexão física exista de fato. O Oracle Database não nasceu para surfar na nuvem.

    Siga o líder

    Responda rápido agora:

    • Qual é o banco de dados com o maior market share no mercado?
      A resposta certamente será Oracle. Sim, eles são os que mais vendem. O quadrante mágico do Gartner ou o ranking do DB-Engines também apontam para o mesmo lado. Por outro lado o sucesso de um banco de dados livre não se mede pelo market share. Não há uma licença para ser vendida. Eles são os que de longe ganham mais dinheiro com banco de dados. Mesmo assim, recentemente o Gartner apontou a Microsoft ligeiramente na frente da Oracle. As coisas estão mudando.
    • Qual é o banco de dados mais utilizado no planeta?
      Até alguns anos atrás era o MySQL. Foi ele que difundiu a web 2.0, milhões de sites funcionam com ele. Mas a web mudou e o MySQL também. Hoje o MySQL ganhou muitos superpoderes que não tinha antes. A Oracle deu uma musculatura fantástica para o MySQL. Mas não foram recursos fantásticos que fizeram o MySQL tão popular, foi a simplicidade e a liberdade. E isso mudou para pior com a Oracle no comando. E veja, é cada vez mais comum a utilização de sites estáticos onde o banco de dados é utilizado apenas para gerar as páginas estáticas e não ser acessado continuamente a cada vez que alguém acessa uma página do site. Bem vindo à web 3.0! Hoje, o banco de dados mais utilizado no munto é o SQLite. Quase todos os smartphones rodam ele. Além disso, tudo quanto aplicação monousuário utiliza o SQLite. Simples, livre e muito leve.
    • Qual é o banco de dados OLTP mais rápido do mercado?
      Agora respire fundo antes de responder. Se você disse que o Oracle é o mais rápido, então você derrapou na curva. O mais rápido e confiável ainda é o velho e bom DB2 rodando em mainframe. Mas um mainframe não é um brinquedo barato. Somente grandes empresas como bancos usam o DB2 atualmente. E em aplicações menos críticas certamente o banco utiliza outros bancos de dados que não o DB2. Mas o staff da IBM está muito bem entrincheirado dentro dos bancos e não deve sair tão cedo de lá. Ou você acha que um grande banco como o Itaú está pensando em abandonar o mainframe? Alguém aqui lembra da famosa migração do não por acaso falido Banco Bamerindus? Eles decidiram abandonar o mainframe na década de 90… Mas a IBM não é líder no mercado de banco de dados, muito pelo contrário. O DB2 (em mainframe) virou um banco de dados de nicho, especializado e com um pequeno público disposto a pagar por ele.
    • Qual é o banco de dados mais rápido em DataWarehouse?
      Aqui a briga fica um pouco mais difusa, mas provavelmente o Teradata ainda é o banco de dados mais rápido neste segmento. Certamente o Teradata não é um dos bancos de dados mais populares do mercado. A razão é a mesma do DB2: ele é muito caro. E na verdade pouca gente realmente tem bala na agulha para brincar de DataWarehouse. Se não pelo custo, pela dificuldade que é romper as caixas dos departamentos das grandes empresas e fazer a informação fluir para um repositório de informações centralizado. Não confundir DataWarehouse com Big Data. No cenário do Big Data entram as bases NoSQL, e aí os bancos livres dominam disparado.
    • Qual é o melhor SO em baixa plataforma para se rodar um banco de dados?
      Um administrador de sistemas me convenceu esses dias por A + B que o Solaris rodando em Sparc é a melhor opção atualmente. E realmente o Solaris tem coisas muito bacanas, o Sparc é muito robusto e eficiente. Tem ferramentas fantásticas e tudo o mais. Mas a SUN naufragou depois do estouro da bolha da internet no final da década de 90. Naufragou por um motivo simples: pode ter uma ótima qualidade, mas é muito caro. E quem ganhou o mercado de sistemas operacionais foi o Linux. A Oracle lançou seu próprio Linux depois de desistir de tentar comprar a Red Hat. Há 15 anos atrás a própria Microsoft dava gargalhadas ao falar de Linux, mas quando criou a sua versão de nuvem, o Azure, teve que abraçar o Linux e até mesmo o SQL Server já tem uma versão beta rodando nele. Muita gente espera um belo salto do SQL Server quando essa versão estiver estável.

    O futuro é livre

    A Oracle fez um enorme investimento no Exadata, atingiu um desempenho espetacular com tecnologia e arquitetura de ponta. Mas ficou caro. Muito caro. As recentes mudanças no licenciamento do Oracle Standard One a partir do 12.1.0.2 foram um golpe duro para muitos usuários por exemplo. E todo ano a Oracle gasta alguns bilhões comprando novas empresas, nem todas muito lucrativas. Alguém tem que pagar esta conta. E o usuário final é quem paga, claro. Em resposta a isso a Oracle nos diz: quer baixar seus custos, vá para a nuvem! Acontece que muitas pessoas já foram para nuvem…

    E na palestra de hoje o palestrante demonstrou as qualidades do OpenStack. Uma ferramenta fantástica. Muito bacana mesmo. Ele tem algo que interessa muita gente, assim como interessou as pessoas que adotaram o Linux, a liberdade e o preço. E esse jogo não é novo. Alguém aqui lembra do Betamax? Foi enterrado pela história enquanto o VHS reinou por muito tempo. E uma das grandes qualidades do OpenStack, além de ser gratuito é justamente a liberdade. Liberdade em mais de um sentido. É um software livre, no sentido que você pode usar, ver o código fonte, alterar e redistribuir. Mas vai mais além, usa padrões abertos, o que facilita muito a vida do universo. Alguém lembra o estrago que foi o padrão proprietário do HTML da Microsoft? Mais além, ele não tem um dono, como o MySQL que era desenvolvido pela MySQL AB, que foi comprada pela SUN que foi comprada pela Oracle. E ele tem um modelo de desenvolvimento decentralizado que permite a participação ativa da comunidade. Alguém aqui lembra o RaiserFS? O projeto quase afundou quando o desenvolvedor foi preso. Essas quatro liberdades fazem muito sucesso em ambientes como a nuvem. E qual o banco de dados tem essas quatro liberdades hoje? Sim, o PostgreSQL. E os casos de sucesso na nuvem não param de pipocar por aí. Basta ver o sucesso do Heroku ou do Instagram por exemplo.

    Sem dúvida a Oracle representa um universo gigantesco hoje. A IBM também já foi conhecida como a Big Blue antes de começar a vender seus pedaços até diminuir e se ajustar a um nicho específico de mercado. Muita areia vai rolar no mercado ainda. Mesmo com os lançamentos de tecnologias cada vez mais incríveis no mercado de banco de dados, um número cada vez menor de pessoas vai estar disposta a pagar uma diferença tão grande de preço e perder tanta liberdade e flexibilidade no futuro. O lançamento da versão 9.6 do PostgreSQL mostra que ainda existem funcionalidades importantes para serem desenvolvidas, mas a diferença para a grande maioria dos usuários diminuiu muito. Haverão demandas que apenas um Exadata, um Teradata ou um DB2 darão conta. Mas para a maioria esmagadora do mercado, isso não fará muito sentido. Claro que o mercado não é regido por uma competição justa. Existem vendas casadas, processos na justiça, patentes e uma miríade de recursos que podem atrasar a comoditização dos bancos de dados. Mas sejamos francos, ela já está acontecendo.

  • 5 anos com RAID 0

    Eu sempre digo para os meus clientes que 5 é um número maldito. No meu primeiro DR (Não, não é Discutir a Relação, mas é quase tão ruim. Disaster Recovery para os menos íntimos, ou também, “não tinha como recuperar a base sem voltar o backup”) que eu passei ouvi a seguinte frase: “Mas em 5 anos nunca deu nenhum problema!”. Então comecei a perceber que 5 é um número que deveria preocupar as pessoas, pois atendi outros clientes com desastres justamente depois de 5 anos de produção com o mesmo equipamento.

    Veja, um bom hardware é feito para trabalhar a plena carga por uns 3 anos. Hardwares excepcionais por 5 anos. No caso, o cliente tinha um SPARC rodando Solaris… mesmo assim um dia o storage da Sun (na época não tinha sido comprada pela Oracle ainda) apitou. E para a minha felicidade o backup físico não estava OK, voltamos um dump, foi lindo. Quase dois dias com a produção parada, um mega prejuízo para a empresa.

    Recentemente um cliente me chamou para rever a infra dele, ou como dizem agora: fazer um health check.  E lá eu encontrei um RAID 0 com o banco de dados nele. Coisa linda. Claro que eu sugeri desmontar o RAID 0. Mas o cliente disse que em 5 anos nunca tinha dado problema….

    Semana passada o cliente me avisa que o RAID 0… pifou e ele perdeu todos os dados do RAID 0. Ainda bem que fiz ele colocar o SO e backup no RAID 0 e deixar os dados em outros discos. A perda foi menor, mas foi justamente depois de 5 anos!

    Moral da história: hardware (principalmente discos) com 5 anos de operação em produção e RAID 0… tá pedindo para ter dor de cabeça! Mas hoje é sexta feira, dia de maldade…

    OBS: testou seu backup recentemente?

    eu_te_disse

  • Cursos de PostgreSQL on-line na Timbira

    Atendendo a muitos e insistentes pedidos, voltamos com os cursos on-line da Timbira, 100% telepresencial. Serão 3 cursos e estamos pensando em incluir alguns outros módulos no ano que vem. Será quarta edição dos cursos on-line (os cursos in company continuam rolando normalmente conforme a solicitação dos clientes). O divertido nestes cursos é conhecer pessoas de todo o Brasil. Já tivemos alunos de fora do Brasil também, da Argentina e da Holanda. Então vamos aos cursos, anote aí:

    As inscrições estão abertas e as vagas são limitadas.

  • Educação e Tecnologia no Telegram

    Sei que a maior parte dos meus artigos aqui costuma ser sobre banco de dados. Mas um assunto que sempre me foi caro é a educação. Para quem não sabe, já fui professor por um bom tempo e já participei do “Comitê para Democratização da Informática” em SP, o CDI-SP. Então as questões de como educar para a tecnologia e como usar a tecnologia na educação sempre me foram caras. A história de que a maioria dos professores ainda ensinam como se estivessem numa sala de aula de 100 anos atrás ainda é real. E nossos alunos vivem numa realidade completamente diferente. O jovem de hoje não quer mais ser jogador de futebol, astro do rocks ou ator de cinema, eles querem ser youtubers, gamers e hackers. O jovem de hoje não usa mais lápis, caneta, lapiseira ou máquina de escrever. Eles usam telas touch screen e seus dedos deslizam pela tela! Eu ainda não consigo fazer isso. Vejo adolescentes deslizando seus dedos em telas escrevendo mais rápido que eu que fiz curso de datilografia e digito com os 9 dedos.

    A discussão não é mais apenas como criar bons softwares educacionais, usar lego e ensinar pascal. Estamos na era das impressoras 3D, do whatsapp, snapchat, Arduido, smartphones. Nem os professores mais conservadores carregam mais consigo um dicionário, todos pesquisam na internet. O aluno de hoje não precisa mais decorar uma quantidade enorme de informação, ele precisa saber se comunicar, se adaptar, interpretar. A educação tem que mudar e está mudando em muitos lugares de formas diferentes.

    Há 10 anos o governo federal embarcou na ideia do “One Laptop Per Child” idealizado pelo cientista do MIT Nicholas Negroponte. O resultado é que temos milhares de laptops mofando nas prateleiras das escolas sem uso. Alguns professores reclamam que eles não funcionam, outros simplesmente preferem passar uma cópia para os seus alunos. Na outra ponta vemos escolas que não usam mais papel e tinta, usam apenas tablets na sala de aula. Vemos uma infinidade de cursos à distância, telepresenciais e coisas do tipo.

    E você, qual a sua experiência, quais as suas ideias? Queremos trocar figurinhas, para isso criamos um grupo no Telegram, o “Educação e Tecnologia“. Espero vocês lá!

  • Grupos de TI no Telegram

    Eu sou do tempo do video-texto, os primeiros grupos on-line que eu participei, ainda na década de 80. Depois vieram os BBSs, e finalmente a internet trouxe o IRC e as salas de bate papo dos grandes sites. Depois veio o Orkut, o Facebook e o Twitter. Hoje a onda é o Whatsapp, snapchat, etc.

    É difícil ver alguém que não use o Whatsapp hoje em dia, ele tem mudado a forma como as pessoas se comunicam. As operadoras de telefone celular que o digam. Os grupos no Whatsapp se tornaram uma febre. Logo algumas pessoas resolveram criar grupos temáticos e isso se alastrou. Antes os grupos tinham um limite de 100 participantes, agora são 256 mas isso ainda é pouco para atender uma comunidade em torno de um assunto comum.

    O Telegram tem se tornado a alternativa mais comum para grupos grandes, pois seu limite é de 5 mil usuários. Não conheço nenhum grupo com tantas pessoas, o maior que eu participo está com mais de 800, o DBA Brasil. As vantagens do Telegram estão muito além do limite de usuários. A principal vantagem para mim é poder usar o Telegram em outros dispositivos como notebook, desktop, tablet, etc, sem precisar que toda a comunicação passe pelo celular. A comunicação fica mais rápida e consome menos banda do meu celular. Outra questão é que os grupos só são atualizados quando eu abro o aplicativo no celular, então eles não ficam gerando zilhões de notificações. Mas se alguém citar o meu nome ou responder uma mensagem minha aí eu recebo uma notificação instantânea.

    Os grupos no Telegram começaram a pipocar e crescem rapidamente. Eu vi o grupo o grupo Vagas de TI subir para mais de 600 participantes em poucas semanas. Uma das coisas interessantes no Telegram é a liberdade. Qualquer um pode criar um grupo público, qualquer um pode entrar, qualquer um pode escrever. A liberdade tem suas vantagens e desvantagens. Eu sempre acho que a liberdade vale à pena. Tem custo, mas vale à pena. Qualquer pessoa pode entrar no grupo, isso inclui spammers, pessoas fazendo propaganda de coisas ilegais, pornografia, etc. Por outro lado, os administradores do grupo podem banir estas pessoas e elas não podem mais voltar com a mesma conta nesse grupo. Então criar regras de convivência é fundamental para o bom andamento do grupo e a ação atenta dos administradores também. Mas posso dizer que em grupos com mais de 800 pessoas as coisas funcionam bem. Não sei como será quanto tivermos 5 mil pessoas num único grupo. Mas pelo que vi, as pessoas tinham medo de grupos com mais de 100 pessoas, e até agora tudo bem. Claro que não dá para dizer bom dia para todo mundo todos os dias. Mesmo assim em momentos mais calmos sobra tempo para momentos de descontração. Moderação é o segredo do sucesso. Não precisa ser um grupo tirano, mas também não dá para deixar rolar completamente solto. Em geral as regras de convivência são bem simples.

    Para ajudar, um grupo de administradores de vários grupos criou uma página muito útil com os links de vários grupos do Telegram. Neste exato momento já são mais de 70 grupos diferentes e o número vem crescendo rapidamente. Você pode criar o seu próprio grupo se quiser, mas antes de fazer isso algumas recomendações:

    • Verifique se não existe um grupo sobre o mesmo assunto já existente. É bem mais fácil participar de um grupo maior já existente do que ter vários grupos sobre o mesmo assunto.
    • Veja se não existe um grupo mais genérico sobre o mesmo assunto. No DBA Brasil falamos não apenas sobre assuntos relacionados à DBAs, mas sobre banco de dados em geral. Todos convivem juntos numa boa. Preferimos não criar um grupo de Oracle, PostgreSQL, SQL Server, etc. Tem agregado bem para todos.
    • Se for criar um novo grupo, transforme ele em supergrupo e crie um link público no estilo telegram.me/meu_grupo. Isso facilita a vida de todos.
    • Coloque seu grupo na lista de grupos do Telegram, existe uma aba com instruções sobre como fazer isso. Assim você atrai novas pessoas para o seu grupo e ajuda a não criarem grupos repetidos.
    • Divulgue seu grupo (e a lista de grupos) nas mídias que você tem acesso como Facebook, LinkedIn, grupos por e-mail, etc. Mas cuidado para não fazer spam.

    Participar dos grupos pode ser muito divertido e útil. Basta ter um pouco de bom senso. Você pode entrar e sair de qualquer grupo quando quiser. Como o Telegram é muito mais leve que o Whatsapp, os grupos não vão saturar seu celular e você participa quando quiser.

    Seguem algumas dicas para quem quer entrar no universo dos grupos do Telegram:

    • Os grupos no Telegram, assim como outros grupos, não são canais de suporte onde todos são obrigados a lhe ajudar imediatamente. As pessoas podem estar off line, ocupadas, ou não saberem como lhe ajudar no momento. Já vi pessoas cobrando o grupo por não terem lhe ajudado! Fica um pouco desagradável.
    • Para assuntos mais complexos, sugiro participar de listas de discussão por e-mail, onde é possível ler e responder com mais calma.
    • Se você precisa que outras pessoas leiam seu código, uma mensagem de erro ou um log, não cole varias linhas no grupo, use um serviço on-line para isso como o pastebin.com.
    • Não estique muito as conversas off-topic. Em alguns grupos isso não é tolerado de forma alguma, em outros você pode levar um puxão de orelha.
    • Pornografia, pirataria, material ilegal, spam e coisas do tipo podem ser motivos de banimento imediato no grupo.
    • Videos, fotos, gifs animados e stickers devem ser usados com moderação.
    • Não dê bom dia ou deseje feliz aniversário para todas as pessoas no grupo. Faça isso diretamente para a pessoa que você quer felicitar privadamente.
    • Na dúvida sempre imagine que a pessoa está lhe escrevendo no grupo com a melhor das intenções. Não crie brigas desnecessárias. Se sentir que foi ofendido,  converse com a pessoa fora do grupo, privadamente.
    • Bom humor é fundamental, mas não exagere, nem todos podem entender suas brincadeiras.

    A questão agora não é mais se você prefere ou não o Whatsapp ou o Telegram, as comunidades estão se organizando em torno da plataforma mais adequada para esta função. Longa vida ao Telegram, ou até a próxima tecnologia que venha a substitui-lo! Apesar e eu ainda gostar do IRC….

  • Sobre o DBA Brasil 1.0

    Tivemos um FDS de grandes emoções. Vou me abster de comentar sobre o domingo, mas gostaria de tecer alguns comentários pessoais sobre o que foi o DBA Brasil 1.0 na minha não tão humilde opinião:

    • O primeiro grande acerto que parece que foi um gol de placa: Juntamos DBAs de várias tribos num clima bastante amistoso. Tenho aqui que agradecer formalmente os criadores do grupo no Whatsapp, os Srs. Fábio Cotrim, Ronaldo Garcia de Brito, Vinícius Kléber Martins Silva e Willian Oliveira. Foram eles que começaram tudo isso. Do primeiro grupo no Whatsapp vieram outros, veio o grupo no Telegram, depois veio a cerveja. E da cerveja nasceu o evento, claro. Outras cervejadas virão, e outros eventos certamente, sempre com o mesmo espírito de convivência fraterna e solidária.
    • O segundo grande acerto, foi brigar por uma grade técnica, sem comerciais e sem interferência de nenhum patrocinador. Foi assim que tivemos mais de 50 propostas de palestras e pudemos selecionar 18 sem nenhum objetivo que não fosse a qualidade do evento. Isso senhores, faz toda a diferença. Já participei de um grande número de eventos, a gente sabe claramente a diferença que isso faz.
    • Abrir espaço na grade para assuntos correlatos. Storage, linguagem SQL, NoSQL, tivemos espaço para outras tribos e isso faz o evento ser mais plural. E foi interessante notar que no público haviam administradores de sistemas e desenvolvedores também. Acho que o sonho de todo DBA é que esse público aprendam mais sobre bancos de dados. Estamos fazendo a nossa parte!
    • 100% do dinheiro arrecadado foi investido no evento. Não ficou um tostão com ninguém e todos os participantes, palestrantes, patrocinadores e até organizadores foram tratados com isonomia.
    • Alguns números interessantes:
      • 610 inscrições antecipadas. Encerramos as inscrições nesse ponto com medo de lotar demais o local e tornar o evento impraticável.
      • 222 inscrições confirmadas até um dia antes do evento. Foi por causa desse número que decidimos aceitar novas inscrições no local.
      • 249 pessoas com presença registrada durante todo o dia.
      • 71 avaliações preenchidas até o momento em que estou escrevendo este texto. Apenas 95,3% avaliou positivamente as palestras do evento. Algumas críticas importantes, mas uma avaliação massivamente positiva.
      • 18 palestras (nenhum palestrante faltou, ufa!) e 12 palestras relâmpago.
      • 25 patrocinadores e apoiadores. Sim, a Timbira esteve patrocinando também, claro!

    Acho que as pessoas gostaram do evento no geral. Vi poucos problemas que foram contornados sem demora. A equipe conseguiu conduzir bem o evento. Nem parece que fizemos tudo isso em cerca de 2 meses.

    Sobre o 2.0, temos que terminar de fechar o 1.0 ainda. O pós evento dá um bom trabalho. Mas vejo muita gente querendo ajudar no próximo. Certamente teremos um evento melhor!

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  • Tenha seus 5 minutos de fama no DBA Brasil 1.0!

    Se você não vai palestrar no DBA Brasil 1.0, essa é sua chance de ter seus 5 minutos de fama na parte mais divertida do evento, os Lightning talks (ou palestras relâmpago em pt_BR). Serão 12 palestras consecutivas na sessão de encerramento do evento, mas cuidado: se você estourar os 5 minutos vai levar uma buzinada no final do seu tempo!

    Interessados devem enviar e-mail para fabio.telles@gmail.com contendo:

    – Nome completo
    – Telefone
    – Título da apresentação
    – Descrição resumida
    – PDF da apresentação (se for utilizar, não é obrigatório)

    Seja rápido, pois apenas os 12 primeiros inscritos vão entrar. As inscrições começam agora!

    Vejo vocês lá.

  • 10 motivos para não ir ao DBA Brasil 1.0

    Todo evento de informática tem sempre suas queixas…

    • Evento genérico, tudo palestra para iniciante“. Aqui não jacaré, tem palestra de alto nível.
    • Evento elitista, só especialista participa“. Tem palestra de vários níveis, vai que dá pé!
    • Evento só de DBA, eu não sou dessa área“. Errou novamente, tem palestra sobre SQL que desenvolvedores vão curtir e palestras sobre Storage que os sysadmins vão adorar.
    • Só fala do produto XPTO“. Opa, tem de tudo aqui, NoSQL, MySQL, SQL Server, Oracle, PostgreSQL, DB2…
    • Só fazem propaganda…“. Grade 100% livre de propagandas, pesticidas e transgênicos.
    • Sou estudante, não tenho dinheiro para pagar a inscrição“. Vai perder? Inscrição na faixa! Só levar 1Kg de alimento não perecível.
    • Mas fica longe….“. Cara, fica a 50m do metrô Paraíso em São Paulo. Deixa o carro em casa e aproveita para tomar uma cerveja com o pessoal depois do evento.
    • Mas se é de graça não deve ser bom“. Se liga na lista de palestrantes… acha mesmo que alguns dos maiores profissionais do Brasil na área não dão credibilidade ao evento?
    • É coisa para fanboy“. Não temos espaço para mimimi, se é bom a gente fala, se tem problemas a gente aponta, se dá pra contornar a gente mostra como. Não temos o rabo preso com ninguém.

    Dito isso, o evento já parece um sucesso, muitas inscrições e uma grade que me deixou orgulhoso. Eu mesmo abri mão de palestrar para dar lugar para outras pessoas. O duro vai ser escolher o que assistir entre 3 salas simultâneas.

    O evento assumiu um formato que eu espero poder repetir por muito tempo: simples, sem mimimi, plural e de alto nível. Um brinde!

  • DBA Brasil 1.0

    Já faz um tempo que participo de eventos de informática, uns 30 anos provavelmente. Existem diversos tipos. Nos anos 90 eu participei muito daqueles shows que eram a FENASOFT e a CONDEX. Parecia o salão do automóvel da informática. Participei de eventos mais focados mas bancados por grandes fornecedores como Oracle, IBM ou Microsoft. Vi grandes Keynotes falando em palcos luxuosos e com um virtuosismo invejável. Mas foram os eventos de Software Livre como o FISL e o CONISLI que me encantaram. Mas ainda são eventos muito genéricos que trazem pouca profundidade em temas específicos. Então deixei de promover eventos genéricos como os que ajudei a organizar no PSL-ABCD e comecei a promover os do PostgreSQL em 2007.

    Hoje temos um grupo muito interessante que é a turma do DBA Brasil, que fala de Banco de Dados de forma mais ampla. Um grupo com muita gente boa e que tem crescido rapidamente, com a presença de gente com uma experiência enriquecedora. Depois do primeiro encontro em dezembro, o próximo passo era previsível e em 16/04 teremos o primeiro evento organizado por esse grupo, o DBA Brasil 1.0!

    Esse evento traz coisas bacanas dos demais eventos de Software Livre, como uma grade que não deve nada a nenhum patrocinador, com a descontração e a informalidade dos eventos promovidos por grupos de usuários. Ao mesmo tempo trás o foco e a profundidade de um evento que discute um assunto em particular, Bancos de Dados. Então vamos às informações práticas:

    • Data: 16/04/2016 – Sábado
    • Horário: das 9 às 19 horas
    • Local: Bandtec (colégio Bandeirantes), Rua Estela, 268 – Vila Mariana, São Paulo – SP
    • Custo: 1Kg de alimento não perecível
    • Inscrições, a partir do dia 18/03
    • Chamada de trabalhos aberta até o dia 18/03 aqui
    • conteúdo: 12 palestras de 50 minutos cada e um Lightning Talk com 12 palestras de 5 minutos no final

    Como vocês veem, a chamada de trabalhos está aberta! Espero ver algumas pessoas conhecidas lá, mas também quero ver gente nova. Como o evento é novo, muita gente se pergunta que tipo de palestra esperamos ver lá. Bom, qualquer pessoa pode se inscrever na chamada de trabalhos, e pode inscrever quantas palestras quiserem. Então aqui vão minhas sugestões:

    • O hit número 1 de todo DBA: backup/restore, sempre uma boa pedída
    • Os próximos clássicos que nunca faltam: HA e tuning
    • BI, Big Data, ETL, Data Warehouse e temas que estão sempre bombando por aí
    • Storage e novas tecnologias de discos. Um tema sempre relevante
    • noSQL também é sempre bem vindo, já faz parte do dia a dia
    • Bancos de dados Geo Espaciais também vieram para ficar, sempre aparecem coisas interessantes nessa área
    • Algo que seria interessante ver, gente que sabe tirar proveito de ferramentas de ORM da maneira correta. Tema polêmico, mas com platéia garantida
    • A onda do devops chegou nos DBAs também, ferramentas e métodos de provisionamento ágil também estão na paula, mais do que nunca!
    • A linguagem SQL também é um tema sempre relevante, nunca me canso de aprender novos truques
    • Melhores práticas, truques ninjas, novidades no mercado, pesquisas interessantes, etc

    Bom, senhores, dá para dar algumas ideias, agora é com você se inscrever e participar. Vejo vocês lá!

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