Recentemente fui designado para uma nova função aqui no meu trabalho. Fui encarregado de coordenar toda a equipe de desenvolvimento. Bem, eu sempre fui chegado a novos desafios, hesitei um pouco num instante mas acabei vestindo a camisa. Pensa aqui, conversa ali, planeja acolá e vou trocando figurinhas com a equipe e vendo como minhas ideias são recebidas.
Descobri que a maior parte das minhas propostas já foram feitas por outros membros da equipe antes de eu aparecer por aqui. Eu já sabia que a equipe não andava lá muito motivada. Sei que eles tem muitos motivos para isso. Comecei a pensar em algumas estratégias e marquei a primeira reunião com a equipe toda. E-mail mandado, pauta definida, comecei a sondar de novo o que as pessoas acham da pauta e das propostas que quero levar. Hoje, antes de sair tive de ouvir algo assim: “você tem apoio para fazer isso que você está querendo propor?”.
Aí comecei a perceber uma nova dimensão do problemas:
– não basta ter boas propostas;
– não basta ter uma boa estratégia para implantar projetos;
– não basta conseguir o apoio da equipe para executá-las;
– não basta gestar a implantação democraticamente;
– não basta conseguir os recursos necessários para a implantação;
– não basta conseguir um momento oportuno para iniciar a implantação;
É preciso sustentação política de longo prazo! Bons projetos podem ser derrubados facilmente se não tiverem sustentação suficiente. Mesmo com tudo o mais suficientes, qual garantia posso dar para a equipe de continuidade do processo? Hum…. Maquiavel diria que eu estou ferrado…
Acho que preciso rever minhas expectativas e minhas estratégias. Não posso adotar uma “cautela imobilizante”, mas preciso pensar numa forma de criar um processo o mais sólido possível. Maquiavel dizia que as grandes mudanças dependem da “virtú” e da “fortuna”… será que tenho esses trunfos na mão?
Pensando bem…. codar é bem mais simples do que administrar equipes…