O futuro do PGConf.Brasil

O PGConf.Brasil 2022 está no ar, com tudo em cima para acontecer nos dias 26 e 27 de agosto:

  • Há mais de 75 dias para o evento já temos mais de 100 inscritos
  • Uma grade espetacular com 4 salas simultâneas resultado do maior CFP da nossa história, com 93 propostas recebidas
  • Temos literalmente um engarrafamento de patrocinadores, e estamos tendo que lidar com o limite de espaço físico para estandes no saguão do evento
  • Pela primeira vez vamos utilizar tradução simultânea para o auditório principal, que possui em sua maior parte palestrantes internacionais
  • O Happy Hour também está garantido com as nossas tradicionais cervejas artesanais feitas exclusivamente para o evento pela Brew Club Co
  • Estamos com um time incrível trabalhando diariamente na organização, incluindo boa parte da nossa equipe: eu, Fabrizio Melllo, Gabriel Baggio, Karin Keller, Letícia Mirapalheta, Mariana Oortman, Patrícia Muniz e Taís Bonizoli.

Enfim, com a seca de 2 anos sem eventos presenciais, este promete ser épico.

Em 2022, vamos será a nossa 10a Conferência Brasileira de Postgres, que já passeou um pouco por aí, já tivemos:

  • 2007: PGCon Brasil em São Paulo / SP
  • 2008: PGBR em Campinas / SP
  • 2009: PGBR em Campinas / SP
  • 2011: PGBR em São Paulo / SP
  • 2013: PGBR em Porto Velho / RO
  • 2015: PGBR em Porto Alegre / RS
  • 2017: PGBR em Porto Alegre / RS
  • 2018: PGConf Brasil em São Paulo / SP
  • 2019: PGConf Brasil em São Paulo / SP
  • 2022: PGConf Brasil em São José dos Campos / SP

Foi um longo caminho até aqui. Em 2006 a gente estava no CONISLI em pleno Anhiembi em São Paulo, quando juntamos uma turminha que já se encontrava em outros eventos como o FISL em Porto Alegre e resolvemos fazer um evento só para o PostgreSQL. Eu já vinha da organização de 3 Fóruns regionais do PSL ABCD e juntamos grandes figuras como o Leonardo Cezar, Diogo Biazus, Euler Taveira, Fernando Ike, Dickson Guedes e muitos outras figuras que fizeram história.

O primeiro evento em 2007 foi feito com apoio da Tempo Real Eventos, que tinha toda uma logística para fazer eventos e simplificou muito a nossa vida. A gente cuidou da grade e dos patrocínios, eles cuidaram praticamente do resto. A partir de 2008 nós resolvemos nos virar por nós mesmos, mas precisávamos de um CNPJ para receber o dinheiro das inscrições, patrocínios, e pagar os fornecedores, tudo de forma correta. Foi aí que surgiu a ideia de nos associarmos a ASL, que era a entidade responsável por organizar o FISL. Até cogitamos em criar a nossa própria entidade, mas isso daria muito trabalho e achamos mais prático nos associar a quem já estava na pista. Eles criaram uma conta bancária para nós e colocaram a disposição o pessoal da contabilidade para nos apoiar. Deu certo, apesar da burocracia, mas em 2017 o FISL estava literalmente desmoronando, precisávamos de um novo abrigo.

Em 2018 a Timbira assumiu esse papel e partiu pra cima da organização do evento, trazendo praticamente as mesmas pessoas envolvidas na organização dos eventos anteriores. E em todo o momento, os nossos eventos foram reconhecidos pela comunidade internacional como eventos da comunidade e não eventos da Timbira. Em 2018 já haviam regras claras sobre como fazer isso e um selo de “Reconhecimento de evento da comunidade“. Isto envolve coisas como autonomia da banca avaliadora do Call For Papers, e ter a maioria dos seus membros de fora da Timbira. Prestação de contas dos gastos e definição do destino para o lucro, coisas assim.

Estas regras para conseguir o selo foram sendo aprimoradas aos poucos e atualmente a comunidade internacional se posiciona explicitamente favorável a existência de organizações sem fins lucrativos para gerir estes eventos. Por outro lado, nos preocupamos aqui na Timbira em fortalecer a comunidade brasileira e todo o seu ecossistema em torno. A Timbira não lucra com a realização das conferências, exceto de forma indireta, assim como ganham todos os que participam. Portando no começo de 2022 a Timbira decidiu que este seria o último ano em que organizaremos o PGConf.Brasil, que devemos voltar a organizar o evento a partir da comunidade e não de uma empresa. Para isso o ideal seria caminhar para a criação de uma entidade própria para isso, uma OSCIP com as pessoas interessadas em colaborar com o PGConf.Brasil e outros eventos da comunidade.
Aprendemos com outras experiências de outras entidades do gênero que deram certo (como Associação Python Brasil) e que não deram certo (como Open Office Brasil). Com isso a ideia será limitar o escopo da OSCIP a eventos com reconhecimento da comunidade de Postgres. Assim podemos evitar problemas futuros e focar naquilo que realmente interessa: promover a comunidade de Postgres através de eventos que promovam a troca de conhecimento e o networking.

Pessoalmente, eu acho que um bom começo seria discutir o assunto e montar um rascunho de como seria essa OSCIP junto com os participantes do canal PGConf.Brasil do Telegram. Gostaria muito que seja qual for a decisão da comunidade, ela se concretize até o encerramento do PGConf.Brasil 2022, já visando a organização do evento para 2023. Mas isso é uma posição pessoal, o que irá acontecer a comunidade é quem decide. Seja como for, não vou deixar de contribuir como membro da comunidade (como sempre fizemos), mas sim como sócio da Timbira. A Timbira já possui hoje uma conta bancária separada para o evento e todo o saldo ao final do evento deste ano será revertido para a entidade iniciar os seus trabalhos. Então, se você tem interesse em colaborar com o evento e estar junto conosco nessa jornada, convido você a entrar no canal do Telegram e iniciar esta jornada conosco. Vamos juntos?

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